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A microglia é uma célula do sistema nervoso central responsável por um conjunto de funcionalidades diretamente dirigidas à homeostasia do parênquima, permitindo a normal comunicação entre as células residentes, neurónios, astrócitos e oligodendrócitos. A sua constante vigilância do meio envolvente e a sua característica de célula imune faz com que perante uma situação de perigo (lesão ou infeção), ela tenha a capacidade de migrar para a zona lesada, fagocitar resíduos celulares ou outros e libertar uma gama de fatores que, dependendo do estímulo e sua duração, podem exercer uma ação trófica ou citotóxica. Hoje conhecem-se diversos fenótipos da célula, que incluem desde o seu estádio quiescente, ao ativado (clássico e adquirido com várias tipologias), culminando no distrófico. A excessiva ativação da célula e a sua estimulação prolongada, muitas vezes fruto do envelhecimento e dos insultos sofridos, podem levar à falência da microglia (senescência) com diminuição do seu papel neuroprotetor, tornando-se então permissível ao desenvolvimento/progressão de doenças como as neurodegenerativas. São precisamente estas funções/disfunções que serão abordadas sob o ponto de vista teórico, prático e laboratorial neste curso.

Data: 7 e 8 de novembro de 2014
Hora: dia 7, 15h00-18h30 | dia 8, 9h00-18h30
Local: Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa

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