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Militares brancos e pardos na disputa por honras após a Guerra dos Sete Anos; c. 1760-1800

As viagens a Lisboa e o apoio de aliados metropolitanos tornaram-se essenciais para a ascensão social de pardos. As suas petições eram recebidas no centro e resultavam, por vezes, em patentes, postos e hábitos. Os pardos aproveitaram as oportunidades criadas pela Guerra de Sete Anos e pela Carta Régia de 1766 para acumular honras com os serviços prestados à Monarquia.

Cartaz do evento

Mas no Brasil, os governadores nem sempre acatavam os provimentos régios ou as decisões tomadas em Lisboa. Por vezes, as autoridades coloniais valiam-se do defeito da cor para destituir funcionários promovidos pelo rei. Não raro, os militares pardos denunciavam a preferência por oficiais brancos indicados pelo governador ao invés de pardos com altas patentes. Nem mesmo as Ordens Militares legitimavam a ascensão social de descendentes de africanos. Vale lembrar o caso do cavaleiro pardo, sagrado em Lisboa, mas rejeitado por seus pares e impedido de participar da importante festividade na vila do Recife. Aliás, os impedimentos originados na cor talvez fossem mais excludentes no ultramar, onde as disputas entre militares brancos e pardos eram mais acirradas. As honras proferidas pela Monarquia atuavam para afastar os pardos do cativeiro e, por vezes, para “embranquecê-los”. Ao alcançar os privilégios, os pardos dificilmente se igualavam aos brancos. Os signos de prestígio perdiam a eficácia, se debilitavam devido ao defeito da cor parda. Enfim, esses militares buscaram garantir as honras, mas a glória se debilitava quando era atribuída aos descendentes de africanos.

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