Oito milhões de euros em bolsas europeias para cinco cientistas em Portugal

O Conselho Europeu de Աپçã acaba de atribuir 605 milhões de euros a 406 cientistas em início de carreira.
Esta bolsa é atribuída a investigadores doutorados para criarem o seu grupo de investigação. Entre eles estão cinco cientistas que trabalham em Portugal: quatro portugueses e uma argentina, que vão receber um total de cerca de oito milhões de euros, distribuídos da seguinte forma:
Dulce Freire, do Instituto de Ciências Socias de Lisboa, terá cerca de 1,5 milhões de euros para um projeto sobre a história das sementes na Península Ibérica.
Pedro Leão, do Centro Interdisciplinar de Աپçã Marinha e Ambiental da Universidade do Porto, também vai ter cerca de 1,5 milhões de euros para estudar novos compostos naturais em cianobactérias.
Catarina Homem, do Centro de Estudos de Doenças Crónicas da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa, receberá cerca de 1,9 milhões de euros para o estudo das células estaminais do cérebro e ver de que forma o metabolismo e a nutrição determinam o destino destas células.
André Martins, do Instituto de Telecomunicações, vai ter cerca de 1,4 milhões de euros. A sua investigação consiste em combinar métodos de aprendizagem estatística estruturada com redes neuronais artificiais, aplicando-os ao processamento de linguagem natural.
Já Eugenia Chiappe, cientista argentina da Fundação Champalimaud, em Lisboa, vai ter cerca de 1,7 milhões de euros para compreender como o circuito neuronal integra os estímulos e criar assim uma representação interna dos movimentos associados ao andar, estudando para tal a mosca-da-fruta.
Fora de Portugal, há mais três cientistas portugueses financiados. Sílvia Portugal está no Departamento de Parasitologia da Universidade de Heidelberg, na Alemanha, a liderar um grupo de investigação em malária. Recebeu 1,5 milhões de euros para estudar o parasita da malária (Plasmodium falciparum) durante a estação seca em áreas de transmissão sazonal da doença. A investigadora quer assim perceber como o parasita da malária sobrevive sem a presença dos mosquitos que o transmitem (os anófeles) durante vários meses. Para o seu estudo, vai usar parasitas recolhidos no Mali, em colaboração com a Universidade de Bamaco (no Mali) e os Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos. Por sua vez, Anton Khmelinskii, também da Universidade de Heidelberg, vai receber cerca de 1,7 milhões de euros para estudar os sistemas de controlo da qualidade proteica.
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