Equipa do IMM está a desenvolver vacina contra a malária
A equipa de Miguel Prudêncio, do (IMM), da Ǵ (ULisboa), vai receber 902 mil euros por um período de um ano, para o desenvolvimento de uma vacina contra a malária.
Este financiamento será aplicado na realização de experiências pré-clínicas e no desenvolvimento do processo regulatório com vista à obtenção de autorização para o início de ensaios clínicos em humanos para a vacina da malária, a realizar na Holanda.
“Receber este financiamento significa que o trabalho que desenvolvemos até agora foi reconhecido pela Fundação Gates como meritório e que podemos continuar a desenvolver o nosso projeto de investigação com vista ao estabelecimento de uma nova estratégia de vacinação contra a malária”, afirma Miguel Prudêncio, investigador principal da investigação em curso.
A equipa de Miguel Prudêncio visa desenvolver uma vacina contra a malária usando um parasita que infeta apenas roedores e não causa qualquer doença em humanos, mas que pode ser modificado geneticamente de forma a ativar o sistema imunitário humano e a ensiná-lo a combater o parasita da malária que infeta humanos.
Este projeto iniciou-se há cerca de dois anos quando a Fundação Bill & Melinda Gates lhe atribuiu um financiamento de 100.000 dólares no âmbito da Fase I do programa GCE, destinado a demonstrar a prova de conceito da estratégia proposta. A atribuição da Fase II deste financiamento depende de um processo de seleção muito competitivo e reflete os bons resultados alcançados na Fase I, acontecendo em Portugal pela primeira vez. No final deste financiamento, dependendo da aprovação da realização dos ensaios clínicos com esta vacina, há a possibilidade da Fundação Bill & Melinda Gates apoiar a realização desses ensaios, o que poderá representar a continuidade de financiamento deste projeto.
Para António Mendes, investigador de pós-doutoramento responsável pelo trabalho experimental realizado durante a Fase I, os desafios imediatos que se colocam são assegurar que o trabalho proposto se realize dentro dos prazos previstos e que os resultados nos permitam continuar a desenvolver esta vacina. “Não é um projeto isento de riscos, antes pelo contrário, mas este financiamento permite-nos começar desde já a trabalhar nesse sentido. Temos muito trabalho pela frente”, acrescenta António Mendes.
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