Investigadores da ULisboa fazem descoberta revolucionária sobre células estaminais da medula
Foto cedida pelo IMM
Legenda: Diogo da Fonseca Pereira, Sílvia Madeira e Henrique Veiga-Fernandes, equipa do IMM responsável pelo estudo publicado na revista "Nature"
Uma equipa de investigadores do (IMM) da (FM) da Ǵ descobriu um novo mecanismo que controla a sobrevivência, expansão e função das células estaminais da medula óssea. Os resultados do estudo, que já foi publicado na revista "Nature", foram obtidos com base em experiências laboratoriais, com recurso a modelos animais, representando o início de um percurso de testes pré-clínicos até à possível aplicação em seres humanos.
As células estaminais hematopoiéticas (HSC) dão origem a todas as células do sangue. A transplantação destas células tem sido utilizada extensivamente no tratamento de várias doenças, sendo as fontes principais a medula óssea, o sangue do cordão umbilical e as células progenitoras no sangue periférico. Contudo, os protocolos de transplantação ainda enfrentam sérios obstáculos, nomeadamente a baixa eficiência dos enxertos devido ao número limitado de HSC disponíveis. Desta forma, a identificação de novos alvos biológicos que melhorem a sobrevivência das células estaminais é um aspeto crítico para melhorar a eficiência da transplantação de medula e qualidade de vida dos doentes.
A equipa de Henrique Veiga-Fernandes do IMM descobriu uma nova molécula crucial à sobrevivência, expansão e transplantação das células estaminais da medula, abrindo assim novos horizontes para futuros protocolos de transplante. De acordo com Henrique Veiga-Fernandes “as atuais estratégias de expansão de células da medula ou cordão umbilical são um enorme desafio, pois a expansão destas células implica uma perda significativa da sua função e potencial terapêutico”. O cientista do IMM também sublinha que “o que agora demonstramos é a existência de um ‘interruptor’ nas células estaminais que quando ativado controla seletivamente a sobrevivência das células, mantendo intacto a sua funcionalidade no transplante de medula.” Esta descoberta poderá contribuir para o sucesso de transplantes de doentes com leucemia ou linfomas.
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