Investigadores da ULisboa vencem Prémio Investigação Básica da Pfizer
Os investigadores da º£½Ç´óÉñ (ULisboa), Margarida Amaral e LuÃs Ferreira Moita, são os vencedores na categoria Prémio Investigação Básica da Pfizer.
Margarida Amaral, professora na (FC), da ULisboa, integra uma equipa europeia que analisou cerca de 800 genes, que, quando inibidos, diminuem a atividade da proteÃna ENaC, hiperativa nos doentes com fibrose quÃstica.
Num subgrupo de sete genes, foi identificado um que codifica uma enzima da famÃlia cinase, com o qual foi possÃvel, depois de testado em culturas de pulmão de doentes, ter "resultados muito positivos" e normalizar a função da ENaC "até ao nÃvel do das células normais". A docente, especializada em bioquÃmica e biologia molecular, explica que não interessa bloquear o funcionamento da proteÃna, pois tal procedimento pode causar edema pulmonar (acumulação de lÃquido nos pulmões) nos doentes com fibrose quÃstica, que têm "as vias respiratórias desidratadas". Depois da identificação do gene, a ideia é desenvolver um fármaco, a partir da enzima, que possa ser testado.
LuÃs Ferreira Moita coordena uma equipa do (IMM), da ULisboa, que conseguiu testar, com êxito, em ratinhos, a eficácia de um grupo de medicamentos, habitualmente usados no tratamento do cancro, no bloqueio da sépsis, infeção generalizada no organismo.
Os investigadores usaram, em doses mais reduzidas, a epirrubicina, a doxorrubicina e a daunorrubicina, fármacos que pertencem à s antraciclinas e que são utilizados, em doses maiores, na quimioterapia. A equipa concluiu que "são muito eficazes" para travar um grupo de "mediadores inflamatórios" (substâncias produzidas pelo organismo quando há uma infeção ou agressão) que, segundo LuÃs Ferreira Moita, "são essenciais para o inÃcio da sépsis".
A equipa vai fazer, no próximo ano, um ensaio com 20 doentes e comparar os resultados com os de pacientes não submetidos àqueles medicamentos, para ver se os primeiros "têm uma menor taxa de mortalidade, menos lesões de órgãos, se precisam de menos medidas de intervenção terapêutica ou internamentos mais curtos", adiantou o investigador.
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