Աپçã da FC prova que osgas podem ser identificadas pelos olhos
Ricardo Rocha, investigador da (FC), da Ǵ (ULisboa), acaba de fazer uma descoberta inédita: é possível fazer a contagem de osgas pelo padrão dos olhos.
O desenvolvimento desta investigação remonta aos anos de 2009 e 2010, em que o biólogo esteve no Grande Planalto da Selvagem Grande, no meio do Atlântico, a capturar osgas para depois poder analisá-las à luz da ciência, no âmbito de um projeto mais alargado sobre a evolução desta população de Tarentol boettgeri bischoffi, subespécie endémica das ilhas Selvagens.
Para este trabalho, Ricardo Rocha mediu cada osga que apanhou, identificou o seu género, contou os ovos no caso das fêmeas, estudou se tinha feridas ou a cauda arrancada. Depois fotografou os olhos: pôs o réptil a olhar para o Sol, obrigando-o a fechar a pupila, e captou as suas enormes íris com linhas e pontos.
A equipa utilizou um software informático para identificar o padrão dos olhos que já tinha sido aplicado na identificação dos tubarões. Revelou-se uma boa alternativa. Nos três períodos na ilha, Ricardo Rocha capturou cerca de 700 animais, recapturou 300 e tirou cerca de 1000 fotografias. Em 95% das vezes, o programa conseguiu identificar a osga recapturada através do padrão do olho. 0 método é muito mais rápido do que a identificação feita manualmente, o que continua a ser necessário para os 5% dos casos em que o software não acerta.
"Esta técnica pode ser utilizada para outras espécies de osgas e anfíbios", diz Ricardo Rocha, que agora a usa no trabalho de campo que está a fazer na Amazónia, quando captura uma outra espécie de osga. "Este método abre as portas ao estudo de um leque de questões biológicas sobre estes animais."
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