Missão da ESA para estudar o lado escuro do Universo passa nos testes
Uma equipa de quatro investigadores do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (), coordenada por Ismael Tereno da Faculdade de Ciências (FC) da Ǵ (ULisboa), participou na elaboração do projeto preliminar (Preliminary Design Review, PDR) da missão espacial . Avaliado positivamente pela Agência Espacial Europeia (), o PDR comprovou que a missão conseguirá produzir a enorme quantidade de dados proposta.
(IA e ), coordenador desta equipa e cocoordenador nacional da missão Euclid esclarece: "Demonstramos que é possível, nos seis anos de operação da missão, rastrear mais de um terço do céu, obtendo dados astronómicos com a qualidade adequada ao sucesso dos objetivos científicos, obedecendo a todos os constrangimentos da nave, às características dos instrumentos e suas calibrações."
Como parte do Euclid Sky Survey Working Group (), a equipa do IA elaborou uma das componentes centrais do projeto, que envolveu o “desenvolvimento de algoritmos para implementação e análise de cenários de mapeamento do céu”, refere (IA), um dos membros da equipa nacional. Segundo (IA), também membro da equipa nacional, "o programa completo das operações de mapeamento do céu gerado por nós tornou-se no novo Rastreio de Referência da missão Euclid".
A missão Euclid foi proposta à Agência Espacial Europeia em 2007, por um consórcio de investigadores, liderado por Yannick Mellier do Institut d’Astrophysique de Paris, que conta atualmente com mais de 1000 membros, provenientes de 15 países, sendo uma das maiores colaborações internacionais alguma vez criada em Astronomia. Em 2012, a Fundação para a Ciência e a Tecnologia () assinou um acordo multilateral com o , sendo a participação nacional coordenada pelo Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA).
Acerca da contribuição nacional, (IA e Faculdade de Ciências da Ǵ), membro da direção do consórcio Euclid e cocoordenador nacional, comentou: “Esta contribuição faz parte das responsabilidades técnicas de Portugal no consórcio, e permite que cientistas nacionais possam participar na exploração dos dados desta importante missão durante o seu período proprietário”. Silva acrescenta ainda que "O mérito do trabalho da equipa foi reconhecido pelo consórcio, o que dá conta da excelência e elevado nível de internacionalização da ciência que se faz em Portugal nesta área”.
Com um telescópio de 1,2 metros de diâmetro, a missão Euclid irá realizar um levantamento de 40% do céu, com detalhe sem precedentes. Isto irá permitir aos investigadores detetar cerca de 2 mil milhões de galáxias, que servirão para mapear a distribuição da energia e da matéria escura.
A missão Euclid tem lançamento previsto do espaço-porto europeu na Guiana francesa em 2020, a bordo de um foguetão russo Soyuz.
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