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Miguel Castanho e Sónia Sá Santos, investigadores da (FM) da ���Ǵ���, foram distinguidos com o Prémio de Investigação Clínica, atribuído pela , no âmbito do trabalho “Dor em Doença de Alzheimer: pesquisa de um biomarcador para solucionar o problema da sua subavaliação” realizado em conjunto com Isaura Tavares da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto e Sara Matos Santos do Serviço de Anestesiologia do Hospital de Cascais.

Segundo Miguel Castanho, a investigação "teve como objetivo contribuir para o estudo da eventual subestimação da Dor e consequente sofrimento em pacientes de Doença de Alzheimer. É necessário ter presente que um paciente com esta doença não tem a mesma facilidade em exprimir a sua dor que um indivíduo saudável. Menos queixas nestes casos não significam necessariamente menos sofrimento; pode significar apenas menos capacidade de expressão da Dor. (...) “Com esta investigação descobrimos que a Dor é, de facto, subavaliada por familiares e prestadores de cuidados de saúde, o que, por um lado, leva a que não se controle devidamente o sofrimento dos doentes, e que, por outro lado, a dor persistente não controlada contribua para agravar a patologia associada à Doença de Alzheimer. (...)".

O investigador principal deste estudo salienta ainda que o trabalho desenvolvido permitiu identificar “uma molécula analgésica que no futuro poderá contribuir para o entendimento da relação entre Dor crónica e Doença de Alzheimer, além de ser ela própria candidata a molécula que em análises clínicas pode servir de indicador objetivo de suscetibilidade à dor”.

A cerimónia de entrega do galardão, no valor de 7.500 €, realiza-se a 1 de julho, pelas 17h00, na Fundação Calouste Gulbenkian.