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Congressos e DzԴڱêԳ

Mobilidade Autónoma Partilhada entre Pares: Arquitetura de Sistema e Avaliação de Impacte para Lisboa

A redeMOV da Ǵ, no âmbito do Ciclo de DzԴڱêԳ “Conversas à Terça”, organiza a Conferência “Mobilidade Autónoma Partilhada entre Pares: Arquitetura de Sistema e Avaliação de Impacte para Lisboa” no dia 11 de fevereiro de 2025, às 17h00, no Auditório do TTC@ULisboa, por Ana Rita Martins (IST-ULisboa).

Trânsito
Enquadramento da Conferência
O futuro da mobilidade autónoma partilhada a pedido (AMOD) tem-se centrado, maioritariamente, em soluções empresariais (B2C). No entanto, o futuro pode transparecer a tendência atual na qual a posse de veículos ainda é relevante. A solução de mobilidade autónoma partilhada entre pares (P2P ACS) surge como uma oportunidade de dar maior uso aos veículos autónomos (AVs) privados, promovendo a sustentabilidade no sistema de transportes. Para contextualizar a solução P2P ACS no sistema de mobilidade futuro, foi realizada uma ampla revisão de literatura e desenvolvido um modelo de negócio no qual se identificou o valor da solução para o mercado. Esta solução foi também explorada numa perspetiva operacional, foi construído um modelo por agentes (ABM) para a Área Metropolitana de Lisboa (LMA) e usado o software AnyLogic para simular os impactes de diferentes cenários de oferta-procura. Esta tese mostra que a solução P2P ACS pode caber no futuro. A solução foca-se em dar resposta às necessidades de mobilidade urbana, trazendo benefícios para os seus utilizadores, e potenciar o maior uso dos veículos com passageiros, respondendo aos desafios ambientais. Mas o sucesso da solução P2P ACS também acarreta desafios. A simulação da operação mostra que aproximadamente 1.000 AVs (0,3% da atual frota de veículos privados em Lisboa) conseguem satisfazer cerca de 22.000 viagens (2% da procura diária de viagens, usando como proxy a quota modal atual do táxi), assegurando um bom nível de serviço. Também aponta que a solução P2P ACS contribui para aumentar o uso diário do veículo para valores entre 23% e 54%, dependendo do tamanho da frota (0,3 e 0,1%, respetivamente). A simulação realça a importância do equilíbrio entre a oferta e procura e sublinha que a agenda do dono do veículo tem um grande impacte no nível de oferta nomeadamente em horas de ponta, quando se verificam os maiores níveis de desistência por falta de resposta. A aposta em políticas operacionais relacionadas com a imposição de quotas de veículos ou taxas de viagem em vazio e políticas públicas relacionadas com a localização de pontos de espera e fornecimento de serviços de carregamento e manutenção, podem ser essenciais para garantir o sucesso da solução e trazer benefícios à mobilidade urbana.
 
Ana Martins, , iniciou sua carreira em 2009 trabalhando em projetos de infraestrutura rodoviária, onde foi responsável pelo traçado de infraestrutura e, posteriormente, pela coordenação de diversas especialidades de projeto. Mais recentemente, direcionou o seu foco para projetos de mobilidade sustentável. Esteve envolvida na análise de uma solução de mobilidade compartilhada em condomínios e no desenvolvimento de um Plano de Mobilidade e Transportes no qual foi definida uma estratégia de médio e longo prazo para um sistema de transportes mais sustentável.
Em 2023, a Ana concluiu seu o doutoramento em Sistemas de Transporte como parte do programa MIT Portugal. Desenvolveu um modelo de negócio e simulou a operação de uma solução de “carsharing com veículos autónomos entre pares” num cenário futuro de mobilidade urbana. Ana também esteve como investigadora convidada no Laboratório de Sistemas de Transporte Inteligente (ITS) no MIT. Durante o seu doutoramento a Ana trabalhou com o grupo de investigação académica U-Shift em temas pertinentes e diversificados da mobilidade. Como formação base, a Ana tem um mestrado em Engenharia Civil com especialização em Planeamento, Transportes e Gestão pelo Instituto Superior Técnico – Ǵ.
Em 2024, a Ana aceitou um novo desafio e integrou a equipa da VTM como Consultora Sénior. Tem desenvolvido análises de impacte socioeconómico decorrentes da alteração de políticas de transporte em infraestruturas rodoviárias, participado em estudos de implementação de novas soluções urbanas de transporte e tem modelado novas infraestruturas rodoviárias, em Portugal e no estrangeiro.
 
Ciclo de DzԴڱêԳ “Conversas à Terça”
redeMOV organiza as “Conversas à Terça”, Ciclo de DzԴڱêԳ mensais que constitui um espaço de reflexão e debate em torno da área da mobilidade urbana. Esta iniciativa pretende reunir a comunidade académica, as entidades reguladoras, operadoras e de empresas intervenientes nos sistemas de transportes num espaço de promoção da investigação e inovação, de divulgação e mobilização para oportunidades de financiamento e de resposta aos desafios colocados pela sociedade.
 
Nota: No evento será feita a recolha de vídeo e áudio.
 

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Auditório do TTC@ULisboa