Até ao próximo mês de julho, cerca de 70 famílias de cuidadores informais no território continental português participam no programa “ Famílias Seguras – Cuidar de quem Cuida ” lançado pela Faculdade de Ciências da Ǵ , através do seu Centro de Testes , em parceria com a Associação Nacional de Cuidados Informais (ANCI).
Famílias Seguras – Cuidar de quem Cuida

As inscrições para o programa decorreram entre novembro de 2020 e janeiro de 2021, mas poderão ser reabertas de forma a estender o programa a mais famílias, caso se reúnam os apoios necessários.
O rastreio a cerca de 220 pessoas é feito através de testes semanais em amostras de saliva, colhidas em casa pelos próprios participantes e enviadas para testagem no Centro de Testes da . As amostras são analisadas por testes moleculares PCR, de acordo com as normas da e por sequenciação genómica para caracterização das variantes circulantes. As famílias que integram este programa também realizam inquéritos epidemiológicos frequentes para registar potenciais sintomas e contatos de risco.
O programa de rastreio regular e gratuito à COVID-19 para cuidadores informais, pessoas cuidadas e familiares em convivência direta prevê realizar nesta primeira fase 4000 testes.
O material genético do vírus SARS-CoV-2 pode ser detetado com fiabilidade na saliva durante vários dias sem necessidade de refrigeração, a testagem por saliva tem várias vantagens em relação a exsudados de naso- ou orofaringe colhidos por zaragatoa. Sendo um procedimento simples, minimamente invasivo e seguro, a colheita de saliva não requer um técnico de saúde especializado ou a deslocação a um centro de testagem, o que reduz não só o risco de transmissão e a utilização de equipamento de proteção pessoal, mas também os custos associados. Devido à sua fiabilidade e baixo custo, os testes de saliva possibilitam o aumento da capacidade e da frequência de testagem, permitindo testar regularmente um maior número de pessoas.
“A missão da Faculdade é expandir o conhecimento e transferi-lo para a sociedade. Com esta iniciativa colocamos a nossa capacidade de inovação e colaboração ao serviço duma população vulnerável e que carece de muitos apoios”, explica Luís Carriço, diretor da , acrescentando ainda que “este é um excelente exemplo de cooperação entre a academia, a sociedade civil, empresas e instituições”.
Sílvia Artilheiro Alves, presidente da ANCI, acredita que “a inclusão dos cuidadores informais neste projeto trará benefícios aos próprios cuidadores e respetivos agregados familiares; mas também trará benefícios a todos os outros cuidadores, no sentido do reconhecimento, possibilitando uma sensação de confiança e segurança, tendo em conta a vigilância ativa do programa”. Acrescenta ainda que “os resultados serão proveitosos para a comunidade científica e futuros programas governativos”.
“Este é um projeto que muito nos orgulha”, diz Ricardo Dias, coordenador do Centro de Testes da , acrescentando que “temos o dever de cuidar de quem cuida. Ao fazê-lo damos também um sinal aos nossos alunos do papel vital que a Ciência pode ter na participação cívica e melhoria da sociedade”.
ULISBOA NEWS
Para que esteja sempre a par das atividades da ULisboa, nós levamos as notícias mais relevantes até ao seu email. Subscreva!