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Gerido pela, sob um protocolo de parceria com o Ministério da Agricultura e Mar, este pólo é uma estrutura pioneira dedicada à conservação integral da diversidade das castas de videira (diversidade intravarietal) com vista à valorização, adaptação e sustentabilidade da vitivinicultura, na qual são conservados mais de 30 000 genótipos (clones) de castas, tendo como objetivo chegar aos 50 000 de todas as 250 castas nativas do território nacional.

Neste pólo o conhecimento científico é valorizado na inovação das seleções policlonais das castas para viticultores e enólogos, uma abordagem inovadora criada em Portugal e, desde 2019 reconhecida pela  numa resolução aprovada unanimemente pelos seus 48 estados-membros. 

Este projeto é liderado pelo Professor Jubilado do , Antero Martins. Foi Antero Martins quem destacou as bases teóricas e metodologias de estatística e genética quantitativa que robustecem a abordagem inovadora desenvolvida e testada em Portugal, através do grupo de Genética Quantitativa e Melhoramento de Plantas no , que tem desenvolvido nas últimas 4 décadas métodos inovadores de selecção e conservação da diversidade intravarietal das castas e videira, que são levados à prática em grande escala pela Associação Portuguesa para a Diversidade da Videira –  da qual o  é membro fundador e Presidente da Direcção.

Esses métodos estão já refletidos desde 2019 na Resolução OIV-VITI 564B-2019 da  e foram pessoalmente observados pelo Diretor-Geral da , cuja recepção no pólo de Pegões teve início com uma apresentação na sala do Professor Antero Martins, tendo em seguida decorrido uma demonstração prática, nos vários campos de ensaios existentes no pólo, onde a Professora Elsa Gonçalves () falou dos aspetos mais críticos da aplicação das metodologias demonstrando que os campos de ensaio, «pelo rigor a que obrigam, são verdadeiros laboratórios ao ar livre». 

A visita terminou com a prova de vinhos produzidos exclusivamente com castas portuguesas menos conhecidas, conduzida por António Graça, representante da Sogrape na . Castas como a Sercialinho, Tinta Francisca ou a Touriga Fêmea constaram desta prova e António Graça indica que “poderiam hoje estar extintas se não fosse este trabalho de conservação iniciado há 40 anos».

Pau Roca, Diretor-Geral da , felicitou os responsáveis e valorizou a abordagem pela conservação da biodiversidade e de compreensão da natureza enquanto base para o futuro da vitivinicultura mundial.