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Edna Correia, Investigadora da Faculdade de Ciências, distinguida com Medalha de Honra ’Oé Portugal Mulheres na Ciência

Edna Correia , investigadora do Centro de Estudos do Ambiente e do Mar (CESAM), polo da Faculdade de Ciências da Ǵ, é uma das quatro jovens cientistas portuguesas distinguidas na 18.ª edição das Medalhas de Honra ’Oé Portugal para as Mulheres na Ciência. Sara Carvalhal, investigadora no Algarve Biomedical Center Research Institute (ABC-RI), na Universidade do Algarve , e alumna da Faculdade de Ciências da Ǵ, foi outra das quatro jovens cientistas portuguesas distinguidas por este prémio.

Edna Correia, Investigadora da Faculdade de Ciências

A cientista vai receber um incentivo no valor de 15 mil euros para estudar o papel dos arrozais do Estuário do Tejo na preservação de aves aquáticas.

Edna Correia, de 34 anos, tem estudado principalmente a ecologia trófica de aves, nomeadamente aspetos relacionados com a dieta e características das áreas de alimentação, os seus movimentos e o comportamento durante a migração. A investigadora é doutorada em  pela da Ǵ, tendo concluído o mestrado em  e a licenciatura em  na .

Para além da apresentação dos projetos distinguidos, a cerimónia incluiu ainda um debate sobre o futuro da ciência no feminino, que contou com a participação de Mónica Bettencourt-Dias, diretora do , Cláudia Pereira, vencedora da 1.ª edição das Medalhas em 2004, investigadora na  e no Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de Coimbra, e José Vítor Malheiros, consultor de Comunicação de Ciência, com moderação da jornalista Miriam Alves.

Podem os arrozais do Estuário do Tejo fornecer alimento para humanos e simultaneamente ser casa para outras espécies?

O projeto de Edna Correia tem como principal objetivo compreender até que ponto os arrozais - zonas húmidas artificiais - podem servir de alternativa para as aves que tradicionalmente dependem de zonas húmidas naturais, contribuindo dessa forma para a conservação da espécie em Portugal.

Edna Correia explica que a necessidade deste estudo se prende com a acelerada perda de zonas húmidas a nível mundial, principalmente devido à expansão agrícola. O arroz é uma das culturas com maior produção a nível mundial, cultivado maioritariamente em zonas húmidas transformadas para o efeito. A sua intenção é fazer uma avaliação do potencial prejuízo causado pelas aves aquáticas na produção de arroz, de forma a contribuir para a criação de diretrizes de coexistência sustentável entre as aves e os produtores de arroz.

A realização deste estudo vai ao encontro da crescente necessidade da gestão sustentável dos ecossistemas globais. Para Edna Correia, “a gestão sustentável dos ecossistemas é uma preocupação global, no entanto é necessário ter um conhecimento local de forma a conseguir medidas de gestão adequadas a cada caso particular”. A cientista acrescenta ainda que este trabalho poderá dar diretrizes importantes para este tipo de gestão noutros países, ainda que cenários ligeiramente distintos possam requerer abordagens ou soluções bastante diferentes.

O prémio, no valor de 15 mil euros, irá permitir à investigadora realizar o seguimento, com aparelhos de GPS, de algumas das espécies de aves que usam frequentemente as zonas de arrozais, como a íbis-preta (uma espécie muito abundante nos arrozais do Estuário do Tejo), determinando de que forma e com que intensidade estes e outros habitats são usados por esta espécie.

“Estou muito contente por ter recebido este prémio. Significa um reconhecimento do trabalho que tenho vindo a fazer, mas principalmente um grande incentivo para continuar. Tem também um papel fundamental em dar visibilidade, não só dentro, mas também fora do meio académico, a cientistas no início de carreira e ao trabalho que estão a desenvolver, que por sua vez é muito importante para garantir novos projetos no futuro.” Edna Correia

A investigadora valoriza este prémio no seio de uma sociedade onde ainda é notória a desigualdade de género, defendendo que “o desigual acesso a oportunidades ao longo da carreira é visível, por exemplo, na predominância de homens em cargos de chefia”. Apesar dos progressos que se têm vindo a verificar, Edna Correia considera que “ainda há um longo caminho pela frente em direção à igualdade entre mulheres e homens na ciência.”.

Além de Edna Correia, são também distinguidas nesta edição as investigadoras , do , , do  e a antiga aluna da da Ǵ, , do . Esta edição contou com 72 candidaturas.

A atribuição das medalhas é uma iniciativa conjunta entre a , a  e a . Este ano são atribuídos 60 mil euros para apoiar projetos de investigação nas áreas do cancro, microcefalia, comportamentos aditivos e preservação de aves aquáticas. Desde 2004, o galardão já premiou 61 jovens cientistas com menos de 35 anos e que se destacaram pelos seus projetos nas áreas das Ciências da Saúde e do Ambiente, entre elas destaque para as antigas alunas da :  e  em 2021;   em 2020;  em 2017, em 2018  e , em 2004.

 


 

Sara Carvalhal, investigadora no  (ABC-RI), na , e alumna da da Ǵ, foi outra das quatro jovens cientistas portuguesas distinguidas na 18.ª edição das Medalhas de Honra ’Oé Portugal para as Mulheres na Ciência.

A cientista coordena um dos  e  pretende estudar como é que os reguladores da mitose, um processo segundo o qual as células se multiplicam, funcionam no sistema neurológico, utilizando células estaminais pluripotentes induzidas e que se obtém a partir de células humanas diferenciadas, podendo originar qualquer tipo de célula no corpo humano.

“Estas doenças raras são muito diferentes entre si, mas partilham dois pontos em comum: a presença de microcefalia e alterações ao nível genético de reguladores da mitose’’, diz Sara Carvalhal, acrescentando que a causa desta interdependência está ainda por apurar.

Sara Carvalhal concluiu a licenciatura em 2008 em , na da Ǵ e o mestrado em 2010, também na . “A junção de Biologia e Química foi o que primeiramente me levou a este curso. Ao longo do curso percebi que a DZí vai muito para além disso”, comenta, acrescentando ainda que a licenciatura e o mestrado estão muito bem elaborados e preparam os estudantes para diferentes profissões.

 

Fonte: Distinguidas e da Faculdade de Ciências da Ǵ

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